Esperava-se que hoje, na cerimônia de lançamento oficial do R28, a Renault anunciasse um novo e grande patrocinador. Falava-se, inclusive, em um acordo multimilionário com a Telmex. Não aconteceu. Esperava-se, também, que a equipe mudasse um pouco a horrenda pintura de seu carro. Não mudou.
A novidade do dia foi o surpreendente anúncio do brasileiro Lucas Di Grassi, vice-campeão da GP2 em 2007, como piloto reserva para esta temporada. Aquele ali em cima, fora do foco principal de luz, escondido atrás de Alonso, com cara de desconfiado.
Pode não ser nada - afinal, Ricardo Zonta também surgiu repentinamente no lançamento do R27 no ano passado e desapareceu da mesma maneira -, mas mesmo assim é uma ótima notícia. É uma espécie de resgate da carreira deste piloto que, se não chegou a ser brilhante ano passado, pelo menos demonstrou que merece uma chance na F1. Com as portas da GP2 fechadas e com o anúncio de Romain Grosjean como piloto de testes da Renault, previa-se que o brasileiro ficaria à pé nesta temporada. Felizmente, não ficou. Que Di Grassi aproveite a oportunidade e consiga uma vaga no futuro. O que, numa categoria que hoje tem apenas 22 (ou 20) carros, está cada vez mais difícil.
Sobre o lançamento do carro em si, nada de novo. Mesma pintura, mesmo desenho já visto em Jerez, apenas alguns logos a mais. Em resumo: sem graça.
Como dito no Baú de ontem, David Coulthard estava com sérios problemas de embaçamento na viseira de seu capacete às vésperas do GP de Mônaco de 1996. Chovia na manhã daquele domingo e o escocês não conseguia enxergar quase nada do sinuoso traçado do principado.
A solução encontrada por ele? Foi até os boxes da Ferrari e pediu a seu amigo Michael Schumacher um casco emprestado. Como na época McLaren e Ferrari tinham o mesmo patrocinador - a Marlboro -, ficou fácil. Bastou mexer em um ou outro elemento e pronto: foi para a pista.
Como continuou chovendo na hora da corrida, David disputou todo o GP de Mônaco usando a pintura de Michael Schumacher. E deu sorte. O escocês chegou em segundo lugar, atrás apenas do vencedor Olivier Panis, na célebre corrida em que apenas quatro carros cruzaram a linha de chegada. Foi o melhor resultado da McLaren naquela temporada.
Foto enviada pelo leitor Fernando Leandro de Lucena.
O plano da equipe Williams para esta pré-temporada era de exibir seis diferentes pinturas comemorativas em testes, para fazer um lançamento do layout oficial do carro apenas na Austrália, junto com o anúncio de novos patrocinadores. Mas, ao que parece, alguém soltou a língua antes do tempo.
A McGregor, grife que desde o ano passado patrocina o time e fornece suas roupas, liberou em seu site algumas imagens de divulgação que parecem ser da pintura a ser utilizada nesta temporada.
Nelas, feitas em Valencia Monteblanco, percebe-se nitidamente que o modelo ainda é o antigo, FW29. Porém, a pintura ganha bastante azul na parte frontal com relação à de 2007 e um novo patrocinador é revelado. Nas laterais do carro e no centro do macacão de Nico Rosberg aparece o logo da Mappin & Webb, tradicional rede britânica de joalherias.
Ao que tudo indica, a divulgação das imagens foi acidental, visto que no site oficial da Williams nada se fala sobre o novo patrocinador, muito menos sobre a nova pintura. É lógico que não se pode ter certeza de que a equipe realmente disputará as corridas com estas cores, mas dificilmente um time faz toda uma série de imagens publicitárias como as que constam no site para jogá-las fora. Aposto meus trocados que a pintura 2008 é mesmo esta. E você?
Atualização: graças a observações da leitora Lily e de informações do Fábio Seixas, duas informações incorretas foram corrigidas.
Brincar com o Pandini e com o Mattar não tem a mínima graça. Os dois, obviamente, mataram de bate-pronto o desafio de ontem.
Além do capacete de Nigel Mansell, Stefan Johansson utilizou também o de outro piloto britânico, Johnny Herbert. O fato aconteceu nos treinos de sexta-feira para o GP do Canadá de 1991, quando ele substituía Alex Caffi na Arrows. O sueco pelo menos fez uma modificação: improvisou na lateral, por sobre a pintura, folhas semelhantes às de seu desenho tradicional.
Confesso que não sei o motivo da troca de cascos, mas dada a chuva torrencial que caía em Montreal naquele dia, suspeito de um inconveniente embaçamento em seu capacete tradicional. Pelo menos este foi o motivo que fez David Coulthard disputar o GP de Mônaco de 1996 com um capacete de Michael Schumacher. Mas este já será um outro "baú".
Pois é, parece uma inversão de valores e contraria tudo aquilo que a gente aprende na faculdade sobre o que é e o que não é notícia. Mas dadas as constantes mudanças de desenho no capacete a que os pilotos vêm se submetendo, alguns por vontade própria e outros por força de patrocinadores, surge uma improvável novidade: Jenson Button e Rubens Barrichello não mudam de casco em 2008.
Ponto para eles e ponto para a Honda que, aliás, fez um macacão retrô. Bacana.
Em cerimônia oficial hoje pela manhã (horário do Brasil), a Honda lançou a pintura do RA108, modelo para a disputa da temporada 2008. Agora com base branca, conforme Rubens Barrichello já tinha antecipado, o desenho ganha detalhes em vermelho, em alusão às cores do Japão.
Ficou mais bonito que o do ano passado, mas não provocou o mesmo impacto. E o que vai ter de narrador confundindo com a BMW, não tá no mapa.
Que Nigel Mansell correu na Ferrari todo mundo sabe... mas o modelo da foto é um pouco mais antigo, de 1986. O capacete também está meio esquisito, com um pouco mais de vermelho. Mas espera aí... ali no logo da Marlboro está escrito "Johansson". Mas que joça é esta?
Explico. Na manhã de sexta-feira, às vésperas do GP de Detroit de 1986, o sueco Stefan Johansson saiu apressado de seu quarto de hotel. De tão apressado, esqueceu o capacete. Já não havia mais tempo de retornar para buscar e, por isso, o piloto da Ferrari não poderia participar da primeira sessão de treinos livres. Mas Stefan não se fez de rogado e pediu ajuda a seu amigo Nigel Mansell. Prontamente, o inglês emprestou um de seus cascos ao desatento colega. Johansson colocou fita adesiva vermelha sobre a bandeira inglesa, sobre os patrocinadores da Williams e foi para a pista. À tarde, retornou à pista com seu visual tradicional, já que um dedicado funcionário da Ferrari foi ao hotel resgatar o capacete esquecido.
Mas esta não foi a única vez que Johansson usou um capacete de outro piloto. Ele chegou a se classificar para um GP usando um casco de outro colega. Quem foi e quando? Resposta amanhã.
Tem coluna nova no GP Total, recém-saída do forno. O assunto é o histórico de filhos de ex-pilotos na Fórmula 1, visto que em 2008 teremos o recorde de três herdeiros das pistas correndo simultaneamente: Nico Rosberg, Kazuki Nakajima e Nelsinho Piquet.
A trajetória de Roberto Moreno em 1991, retratada no baú de sexta passada, gerou curiosidade nos blogueiros. Recebi diversos e-mails pedindo imagens de sua passagem-relâmpago por Jordan e Minardi naquela temporada. Então aí estão.
Na Jordan, Moreno disputou dois GPs, na Itália e em Portugal. Na primeira prova, bateu na variante Ascari, logo na terceira volta. Na segunda, chegou em décimo lugar.
Pela Minardi, Moreno participou apenas do caótico GP da Austrália, chegando em 16º numa corrida interrompida após 14 voltas. É, até hoje, o mais curto GP da história da Fórmula 1.
A temporada de 1991 foi bastante conturbada para Roberto Pupo Moreno. No começo do ano, era titular da Benetton. No entanto, logo depois do GP da Bélgica - corrida na qual chegou em sexto quarto lugar e fez a melhor volta - foi demitido da equipe, numa manobra de Tom Walkinshaw e Flavio Briatore para contratar Michael Schumacher.
A partir daí, começou a perambular de time em time. Disputou duas provas pela Jordan, mas o dinheiro acabou e perdeu a vaga para Alex Zanardi. Na Austrália, aproveitou a vaga deixada por Morbidelli na Minardi para substituí-lo, disputando uma corrida pela terceira equipe diferente na mesma temporada.
Mas sua peregrinação não acabou por aí. Convidado por Ayrton Senna, fez testes pela McLaren em Suzuka, auxiliando no programa de desenvolvimento do motor Honda V12. E são destas sessões as imagens que ilustram o "do baú" de hoje, enviadas pelos leitores Everton Rupel e Zé Henrique Viana.
O italiano Gianni Morbidelli disputou apenas uma corrida pela Ferrari. Piloto de testes do time e titular da Minardi em 1991, substituiu o demitido Alain Prost no GP da Austrália daquele ano. Chegou em sexto lugar numa corrida interrompida depois de apenas 14 voltas e marcou meio ponto, o primeiro de sua carreira.
Entretanto, a foto acima não é desta corrida. Ela se torna ainda mais "do baú" por ser de 1989, num teste que Morbidelli participou em Mugello, antes mesmo de sua estréia na Fórmula 1.
Rubens Barrichello foi o encarregado de conduzir o novo Honda RA108 em suas primeiras voltas pelo circuito de Valência, ainda com a pintura provisória, no melhor estilo ambulância. Pelas imagens, nota-se um carro com linhas bem diferentes de seu fracassado antecessor, o que já se poderia imaginar.
Mas o que surpreende são os diversos ângulos quase que retos e a impressão de "quadradão" que o modelo passa. A nova Honda destoa bastante dos carros das demais equipes, que ano a ano evoluem na direção de modelos mais cheios de curvas. Será que os japoneses descobriram algo de diferente ou usaram Lego na construção?
Na imagem acima, uma comparação do RA108 (à direita) com o carro do ano passado (à esquerda). As diferenças são bem perceptíveis, principalmente no bico, nitidamente mais alto.
A Honda lança o modelo oficialmente e divulga sua nova pintura na terça-feira da semana que vem, dia 29.
E os chifres da BMW estão fazendo sucesso. Depois da versão "veado", a turma do Fórum Downforce se inspirou e resolveu buscar outras semelhanças para o novo apêndice aerodinâmico dos alemães.
O Raphah sugere que os cornos nada mais sejam do que um informe subliminar de que a BMW está adquirindo a Mazda.
Já o Rafamac lembra do carro do Sinhozinho Malta. Tô certo ou tô errado?
Comparações entre carros de Fórmula 1 e animais ou objetos não são muito raras. Já houve a Benetton-Tubarão, a Brabham-Ventilador, a McLaren-Tamanduá, a Ligier-Bule-de-Chá, a Tyrrell-Bigode, a Williams-Prestobarba. Mas agora exageraram na dose. Nick Heidfeld foi para a pista hoje, em Valência, com a BMW-Veado.
Pode até dar resultado, mas que ficou estranho, ficou.
Além de terem sido parceiras por quase 10 anos, Williams e Renault mostraram hoje em Valência que possuem ainda mais coisas em comum. As duas saíram pela primeira vez para a pista com seus novos carros nesta manhã, antecipando a cerimônia oficial de lançamento. A dos franceses acontece em 31 de janeiro, enquanto que os ingleses apresentarão sua pintura definitiva na Austrália, às vésperas da abertura da temporada.
Em comum, também, o fato de ambas aparecerem com carros que destoam um pouco dos modelos utilizados no ano passado. A Williams aparece com uma dianteira estilo McLaren, inclusive com a famosa asa "boca de bagre". A Renault também tem uma asa parecida, embora com um desenho bem diferente na haste inferior, lembrando um degrau. O bico do R28, que teve Fernando Alonso ao volante, é bem mais baixo que o do ano passado. E os retrovisores voltam a ser "normais", abolindo a inovação do R27, que tinha os espelhos posicionados nos apêndices aerodinâmicos da lateral do carro.
Na pintura provisória da Williams, a segunda de uma série de seis, agradecimentos. Em vez dos "30 anos de F1" e "500 GPs" da primeira versão, agora surgem inscrições destinadas ao time e seus fãs. "Obrigado a todos os nossos fãs", diz a lateral do aerofólio traseiro (no detalhe da imagem). Nas saias laterais, "Obrigado a toda a nossa equipe e seus familiares". E Nico Hulkenberg rodou pelo circuito espanhol como se guiasse um carro de tele-mensagens.
Que Nelson Piquet disputou duas temporadas pela Lotus todo mundo sabe, e fotos dele num carro amarelinho não são grande novidade. Porém, a diferença deste "do Baú" está no modelo do carro. Piquet está a bordo do Lotus 99T, com o qual Ayrton Senna foi terceiro colocado no campeonato de 1987.
O teste aconteceu em dezembro daquele mesmo ano, no circuito do Estoril, e foi o primeiro contato de Piquet com sua nova equipe. Antes mesmo desta estréia, porém, já houve polêmica. Em entrevista a Lemyr Martins, o recém-tricampeão projetou o treino da seguinte forma:
"Vou andar com o carro velho do Ayrton. Desinfetamos e fazemos o primeiro contato."
A brincadeira de Piquet nesta entrevista foi uma das que ajudaram a desencadear a grande briga entre os dois campeões no começo de 1988.
Michael Schumacher, quem diria, já andou de Ligier. Aconteceu em um teste no circuito do Estoril, no final de 1994, logo após a conquista de seu primeiro título mundial.
O motivo? Flavio Briatore, então diretor da Benetton, havia adquirido a equipe francesa em meados daquela temporada, com o objetivo de repassar o contrato vigente de fornecimento dos motores Renault da Ligier para sua equipe principal. A jogada deu certo, mas a Benetton só poderia ser equipada com seus novos motores a partir de 1995.
Michael Schumacher queria conhecer seus novos propulsores o quanto antes e, assim, pegou um carro francês "emprestado" para iniciar os trabalhos visando a temporada de 1995. O resultado? Uma imagem inusitada e um bicampeoanto mundial com a Benetton-Renault.
Caramba, essa brincadeira de iBest tá saindo melhor que a encomenda. Em menos de dois dias, quase que largando dos boxes, o Blog do Capelli já está no vácuo, tentando a ultrapassagem para assumir a terceira posição entre os melhores blogs esportivos do Brasil. O Blig do Chefe já protagonizou uma virada sensacional e assumiu a ponta. Será que um pódio é possível pro Capelleta?
Você decide! (Ráááá... olha o clichê!)
E muito obrigado a quem já votou. Eu achava que ficar entre os top 10 já seria um grande resultado, mas um lugar no pódio está parecendo bem possível.
Campeão da Fórmula Vauxhall inglesa em 1997 e vice da Fórmula 3 no ano seguinte, correndo em ambas as categorias pela equipe de Paul Stewart, Luciano Burti caiu nas graças da família escocesa naquele final de década. Paul e Jackie confiavam em seu talento e foi por isso que ele seguiu competindo pelo time na F3 britânica em 1999, ano em que foi novamente vice-campeão e no qual foi promovido a terceiro piloto da Stewart na Fórmula 1.
O brasileiro fez alguns testes no segundo semestre, principalmente em Monza, naquela que foi a melhor temporada da equipe. Mesmo bastante jovem, sua participação nos treinos foi considerada de suma importância para o desenvolvimento do carro.
A Stewart trocou de donos no ano seguinte, virando Jaguar, mas Burti lá permaneceu como terceiro piloto, fazendo inclusive sua estréia em corrida na Áustria, quando substituiu o adoentado Eddie Irvine.
Os testes desta semana em Jerez terminaram ontem e Fernando Alonso, retornando à Renault, ficou com o melhor tempo dos três dias: 1min19s50. O bicampeão foi aos microfones dizer que o resultado foi encorajador, que está feliz, etc etc. Mas, na prática, Alonso sabe o que este tempo significa: absolutamente nada.
Enquanto Ferrari e McLaren testavam seus novos modelos, visivelmente buscando confiabilidade (cada equipe simulou cerca de 7 GPs nestes três dias), a Renault, com carro velho, tinha como objetivo basicamente a adaptação de Fernando Alonso. O espanhol rodou pouco mais de 2 GPs completos no período e, no final da primeira sessão, saiu para buscar tempo. E conseguiu.
Ninguém gosta de ficar atrás na F1 e é praxe nestes testes de inverno que, no final do dia, os pilotos coloquem pneus macios, pouco combustível e saiam a buscar o limite do carro. E entenda-se limite como limite mesmo, estando o carro dotado de recursos muitas vezes fora do regulamento, apenas com o intuito de ver o quão rápido ele pode ser e, é claro, gerar algumas manchetes positivas.
E não há muitas dúvidas de que o objetivo da Renault foi exatamente este. A volta de Alonso por si só já é notícia. E uma volta com um grande tempo vira manchetes. Para um time que passou um ano inteiro na obscuridade, um retorno triunfal de um campeão motiva a equipe, satisfaz os patrocinadores e deixa a torcida feliz. Mas nada além disso. Fico com a opinião de Lewis Hamilton, que quando perguntado sobre o temporal de seu ex-companheiro de equipe, respondeu:
“Era com o carro antigo? Que bom para eles...”
É sabido que o espanhol, melhor piloto da atualidade, tira alguns décimos de segundo de qualquer carro. Mas também não é milagreiro. Não foi em um único teste que ele conseguiu transformar um carro fraco como o R27 no mais rápido da pista. Semana que vem, em Valencia, a Renault começa os testes com o novo modelo e é só então que o trabalho vai realmente começar e será possível ter alguma noção do que o espanhol será capaz em 2008. Por enquanto, tudo não passou de pirotecnia.
O ano é 2002 e Fernando Alonso cumpre um ano sabático, apenas como piloto de testes da Renault. O espanhol havia estreado na F1 no ano anterior, pela Minardi, para adquirir alguma experiência em corrida. Flavio Briatore, então seu empresário, tinha toda uma trajetória preparada para seu pupilo. Ficaria um ano testando para retornar à competição em 2003, pela própria Renault.
E, neste ínterim, Briatore teve outra idéia: colocar Alonso para conhecer diferentes cenários. E acertou um treino dele pela Jaguar, em maio, em Silverstone. O espanhol andou cerca de 50 voltas, fez bons tempos, conheceu a estrutura de outra equipe para depois retornar aos testes regulares pela Renault. Exatamente como seu chefe havia planejado.
Todo mundo que respondeu no baú anterior acertou, essa foi bem fácil. Então, nem vou fazer suspense. Os outros testes que Sebastien Bourdais fez em 2002 foram pela Renault, ao lado de outro então piloto reserva chamado Fernando Alonso. Mas o francês não chegou a um acordo com Flavio Briatore e, aí sim, tomou o rumo dos Estados Unidos.
Resolvi entrar na competição do iBest, só pra ver no que dá. O Blog do Capelli está concorrendo na categoria de Melhor Blog Esportivo, contra pesos-pesados da crônica esportiva, como Juca Kfouri e Milton Neves. A parada vai ser dura, mas não se ganha nada sem tentar, certo?
Se você quiser ajudar este Davi na votação, basta clicar aqui. É necessário um cadastro para votar, mas é bem rápido e não precisa de muitos dados. Já que hoje é aniversário do blog... não custa um presentinho, não é mesmo?
Importante: se você também gosta de outro blog que está concorrendo, não tem problema. Você pode votar em quantos blogs quiser, mas apenas uma vez em cada um. Portanto, nenhum problema em votar também no Blig do Gomes, no Fábio Seixas ou no Victal. Vamos botar o automobilismo nas cabeças!
Ah! O Grande Prêmio também está concorrendo como Melhor Site Esportivo. Votos nele também são bem-vindos.
A Red Bull lançou há pouco o RB4, modelo com o qual disputará a temporada 2008. A pintura permanece a mesma e as mudanças no carro são bastante discretas. Tirando os penduricalhos aerodinâmicos, a proteção para cabeça e a saída do jornal Metro da carenagem, está complicado ver alguma diferença. Alguém se atreve a apontar sete "erros"?
Sebastien Bourdais vem sendo um dos destaques da pré-temporada, fazendo bons tempos nos testes com a Toro Rosso. Tetracampeão da Champ Car, o francês fará neste ano sua estréia na Fórmula 1, mas já teve experiências anteriores na categoria.
Um de seus primeiros contatos aconteceu em 2002, quando ainda era um aspirante ao título da Fórmula 3000. Bourdais assumiu o posto de piloto de testes da Arrows e almejava uma vaga de titular para o ano seguinte. Fez diversos treinos no cockpit laranja, mas o time faliu antes mesmo do final da temporada, deixando o francês à pé e o fazendo rumar para os Estados Unidos. O que veio depois, todo mundo já sabe.
Mas ainda há um detalhe... em 2002, Bourdais testou também por outra equipe da F1. Alguém sabe qual é? Respostas no baú de amanhã.
Bruno Vicaria me chama para mostrar um detalhe que passou despercebido nas postagens sobre o novo capacete de Fernando Alonso: a presença de um par de ases desenhados na parte posterior.
As cartas são claramente referências ao bicampeonato mundial 2005/2006. Será que os naipes (paus e copas) têm algum sentido também?
Agora sim, com uma boa foto de perfil, é possível comparar a pintura do novo capacete de Fernando Alonso com as anteriores. Sem dúvidas, ele resgatou o desenho utilizado no bicampeonato em 2006 para evoluí-lo, deixando totalmente de lado a ruptura negra e prateada do ano passado.
Além de voltar à antiga casa, o bicampeão retoma a linha de seus cascos antigos, sem deixar de apontar para o futuro. Não achei o desenho lá muito bonito, mas pelo menos na pista Alonso voltará a ter cara de Alonso.
Fernando Alonso só reestréia na Renault amanhã, durante os testes em Jerez de la Frontera. Mas hoje ele já foi visto nos boxes, vestindo seu novo capacete.
Ao que parece, ele manteve um desenho parecido com o utilizado na McLaren no ano passado, misturado com as cores da versão do bicampeonato de 2006. O azul, entretanto, está bem mais claro, talvez para evitar associação com os cigarros Mild Seven, então patrocinador da equipe. Amanhã, na pista, veremos melhor.
Que tal um comparativo entre as BMW F1.07 e a nova F1.08? Então mãos à obra!
F1.07 (em cima)/F1.08 (embaixo)
F1.07 (à esquerda)/F1.08 (à direita)
Alertando que a foto de perfil do carro do ano passado possui uma distorção de perspectiva que pode enganar. É melhor não levar as dimensões em consideração na hora de comparar.
A equipe Williams iniciou hoje os testes em Jerez de la Frontera utilizando uma pintura provisória, toda em azul marinho. Não chega a ser novidade, já que o mesmo ocorreu no ano passado. A grande diferença, porém, está no caráter comemorativo. Desta vez, a equipe usou sua carenagem para lembrar sua longa e vitoriosa trajetória na Fórmula 1.
Nas saias laterais, há a inscrição "500 GPs", marca que o time atingirá em 2008. Na asa traseira, "50.000 voltas em corrida", e no bico, "30 anos". Uma auto-homenagem mais do que justa.
A pintura definitiva para a temporada 2008, com comemorações ou não, será revelada somente em Melbourne, às vésperas do GP da Austrália, em março.
Demorou mais de sete temporadas na Fórmula 1 até que Nick Heidfeld embarcasse na onda das mudanças de capacete. Sua pintura sofreu grandes mudanças pela primeira vez no ano passado, mas o alemão gostou da nova moda e começará 2008 com outras alterações no visual.
O casco novo, à direita, mantém o desenho do ano anterior, mas traz alterações nas cores. A parte central, antes um desenho em tons de cinza com fundo branco, agora ganha uma mancha negra. Será aquela pintura térmica que fica mais clara quando está mais quente? É possível.
De qualquer forma, houve mudanças também na base, antes cinza e agora branca, e no topo, que ganhou uma coroa branca para facilitar a inserção dos logos dos patrocinadores. Alguns outros detalhes menores também sofreram modificações. Num geral, achei mais harmônico.
Robert Kubica, companheiro de Heidfeld que tem pouco tempo de F1 e pelo menos quatro cascos diferentes, volta a usar a pintura vermelha e azul, com aplicação da bandeira da Polônia. A versão em preto e branco, pelo jeito, foi exclusiva do GP do Brasil mesmo.
Terminou agora há pouco a cerimônia de lançamento do novo carro da BMW, o F1.08. À primeira vista, mudanças externas foram poucas, restritas ao bico mais baixo e mais estreito e às novas proteções para a cabeça dos pilotos.
Daqui a pouco saem as fotos de divulgação, mas para ir sentindo o gostinho, confira acima dois screenshots que fiz da cerimônia.
De saída da Ferrari, Michele Alboreto esteve muito próximo de assinar com a equipe Williams para disputar a temporada de 1989. Seu nome já era apontado como certo por 10 entre 10 jornalistas da época, mas a negociação esfriou e Thierry Boutsen acabou contratado, pegando todos de surpresa.
Porém, Alboreto já tinha sentado num cockpit do time de Frank Williams antes. Foi em 1981, durante um teste privado. Quando, onde, como? Confesso que não sei. A foto veio como dica do leitor Fábio Mandrake. Alguém sabe mais detalhes desta história?
Aliás, gostaria de agradecer aos inúmeros e-mails com dicas "do baú" que andam chegando. Infelizmente, tá difícil de responder agradecendo individualmente, mas todas vão entrando aqui aos poucos, com o nome do descobridor da pérola.
O comentário chega um pouco atrasado, mas ainda em tempo. Giancarlo Fisichella venceu o "vestibular" para piloto da Force India e foi anunciado ontem como titular da equipe para 2008.
Numa primeira análise, parece má notícia. Mas não é. Embora concorde que Fisichella já não tenha mais muito futuro na Fórmula 1, sua contratação acena para uma visão mais profissional que Vijay Mallya traz à gerência da equipe. Nos tempos de Spyker, Midland ou nos últimos suspiros sob o nome Jordan, a contratação de pilotos fracos com o bolso recheado sempre foi a ordem do dia. O instinto de sobrevivência prevalecia sobre qualquer planejamento e, não por acaso, o time foi trocando de donos por três anos consecutivos. Com a contratação do italiano, Mallya afirma, nas entrelinhas, que a equipe trabalhará almejando algo além da simples subsistência.
Fisico, que não deve custar barato, garante experiência à Force India e pode ser o parceiro ideal para Adrian Sutil. O italiano não costuma ser constantemente rápido em corridas, mas sua bagagem de 13 anos pode ajudar no desenvolvimento do carro e na orientação ao companheiro novato. Sutil demonstrou muito talento em 2007, mas também errou além da conta. A presença de um piloto mais experiente no cockpit ao lado pode fazer do alemão um dos principais destaques da próxima temporada.
Se, por um lado, acreditava que Fisichella não tinha mais nada a acrescentar à F1, por outro entendo que é mais positiva a presença dele na categoria do que de pilotos pagantes da estirpe de Christijan Albers, Sakon Yamamoto, Yuji Ide ou Narain Karthikeyan. Dos males, o menor. Fisico pagará o mico de andar na rabeira do grid em 2008, mas pelo menos garante o bom nível de pilotos no campeonato que se inicia em março.
O amigo Alex Grün, que anda sofrendo de dupla personalidade bloguística enquanto substitui Rafael Lopes no Voando Baixo agora em janeiro, mandou e-mail alertando para as calotas dianteiras da Toyota.
Confesso que não tinha notado, mas reparem: é uma cópia fiel da inovação implantada pela Ferrari no ano passado. Mas como a Ferrari também copiou a asa dianteira da Toyota de 2007, as acusações terminam em empate técnico.
Timo Glock é mais um piloto que muda de capacete em 2008. A tendência agora é essa: junto com os novos carros, os pilotos lançam seus novos capacetes.
Não gosto muito dessas mudanças freqüentes, mas no caso do piloto alemão, a alteração foi para melhor, muito melhor. Na imagem acima, à esquerda, o desenho com o qual ele testou pela BMW no ano passado e venceu o campeonato da GP2. À direita, o novo visual, incorporando o vermelho da Toyota.
É inegável que a confusão de cores anterior foi resolvida e que a pintura ficou bem mais agradável. Muito bonita, até.
Bruno Vicaria me chama no msn, manda foto e informa que Trulli mudou de capacete. Eu me pergunto "e qual a novidade?". Ao ver a foto eu me respondo: a novidade é que o casco ficou bonito pacas.
Das milhares de combinações bregas já usadas pelo italiano, essa parece a mais bonita de todos. "Ficou animal!", nas palavras do nobre colega de Grande Prêmio e Rádio GP.
A Toyota terminou agora há pouco a transmissão ao vivo pela Internet da cerimônia de lançamento de seu novo carro. As fotos oficiais ainda não foram divulgadas, mas consegui dois frames da transmissão.
Parecida com a McLaren, não? Reparem na asa dianteira.
Ah, sim, claro. E a pintura não mudou nada, para variar.
Atualização: Recebi agora a informação que as imagens que recebi do preview da Toyota já tinham sido publicadas no blog Planeta F1. Créditos a quem merece créditos: quem capturou estas imagens foi o autor do blog, LoscarFunky.
Diversos leitores já tinham me avisado, mas não tinha publicado ainda por falta de uma imagem que mostrasse melhor os detalhes (aliás, agradeço a todos). Mas aí está, logo acima. Kimi Raikkonen fez os primeiros testes do F2008 ostentando uma pintura diferente no capacete, com novos tribais de gosto... digamos assim... peculiar.
Pedro de la Rosa fez hoje, em Jerez de la Frontera, o shakedown do MP4-23, novo carro da McLaren. Detalhe para o bico, contendo aquela ponte por sobre a asa dianteira. Ela não estava presente na cerimônia de lançamento, segunda passada.
Alterações como essa acontecerão por toda a pré-temporada, não estranhem. Tanto McLaren quanto Ferrari já anunciaram que seus carros sofrerão modificações aerodinâmicas até o GP da Austrália.
Giovanna Amati, piloto de resultados discretos nas categorias pelas quais passou, fez história por ter sido a última mulher, até hoje, inscrita para um final de semana de Grande Prêmio na Fórmula 1. A italiana foi convidada para guiar pela Brabham em 1992, mas depois de não passar pela pré-qualificação e rodar dezenas de vezes em três tentativas, abandonou a categoria para dar lugar a Damon Hill.
Seis anos antes, no entanto, Giovanna já tinha feito sua estréia na Fórmula 1. Então competindo na F3000, ela foi convidada pela Benetton para um teste em Donington Park em fins de 1986. Testou junto com Emanuele Pirro, Teo Fabi, Andy Wallace e David Hunt. Foi a última colocada, com um tempo quase 10s mais lento que o do primeiro colocado. Mas ela tinha uma desculpa: andou na pista úmida, já que uma típica garoa britânica caiu por sobre o autódromo justamente durante suas voltas.
Desde o final do ano passado se sabia que a seguradora espanhola Mutua Madrileña não mais patrocinaria a equipe McLaren, deixando o time junto com Fernando Alonso. No lançamento do MP4-23, hoje, os logos da empresa desapareceram da asa dianteira do carro, como esperado.
Porém, Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen posaram para fotos ostentando ainda o antigo patrocínio nas mangas de seus macacões. Alguma coisa mudou ou foi mancada mesmo?
A dica foi do leitor Jack James.
Atualização: O leitor Ramiac informa que a McLaren confirmou hoje, oficialmente, que a Mutua Madrileña segue como patrocinadora do time. Muito embora a própria empresa tenha emitido um comunicado anunciando o fim da parceria. Vai entender.
Com um carro que muito se parece com o do ano passado, a grande novidade do lançamento da McLaren hoje acabou ficando por conta do capacete do novo piloto do time, Heikki Kovalainen.
O finlandês modificou a pintura de seu casco, trocando a base azul pelo negro e cinza, cores da McLaren-Mercedes. O desenho acabou ficando ainda mais parecido com o de seu compatriota Kimi Raikkonen.
É a terceira mudança em três anos, como se pode conferir na seqüência acima. No primeiro quadro, a pintura utilizada durante testes na Renault em 2006. Ao centro, o esquema do ano passado, com bastante laranja "ING". Agora, o laranja se manteve, mas ganhou a companhia das cores de sua nova equipe.
O MP4-23 acaba de ser lançado no museu da Mercedes e Stuttgart, Alemanha. Como se vê na foto, de novidade mesmo, só Heikki Kovalainen de macacão novo. De resto, o novo carro assemelha-se muito ao seu antecessor.
Este é o espaço no qual Ivan Capelli fala sobre automobilismo e alguns pormenores do cotidiano, com seu ponto-de-vista bastante particular. Além disso, toda terça-feira, uma charge sobre automobilismo.
Jornalista, 30 anos, um chato que dá pitaco em quase tudo sobre automobilismo. Além de manter este blog, Capelli colabora com o site Grande Prêmio, escreve uma coluna mensal no GP Total e co-produz e co-apresenta o podcast Rádio GP.