Gilles Villeneuve, lenda do automobilismo, tem sua história diretamente ligada à Ferrari. Por décadas, foi considerado piloto-símbolo da escuderia, sinônimo de destemor, coragem, arrojo e velocidade. A associação Villeneuve-Ferrari foi uma das mais fortes da história da Fórmula 1, tendo o canadense corrido pela equipe italiana por praticamente toda a sua trajetória na categoria.
Mas em 68 GPs, apenas uma vez o talentoso Gilles foi para a pista com um carro que não uma Ferrari. Foi justamente em sua estréia na Fórmula 1, no GP da Inglaterra de 1977. Indicado por James Hunt, a quem havia batido em uma prova de F2 no ano anterior, Villeneuve ganhou uma oportunidade de Teddy Mayer, guiando um terceiro carro da equipe McLaren. Chamou a atenção com um nono lugar no grid, à frente de Jochen Mass, segundo piloto do time, 11º colocado.
Na corrida, chegou a andar em 6º lugar, mas terminou em 11º. Mesmo assim, já havia chamado a atenção do mundo da Fórmula 1, principalmente de Enzo Ferrari. O comendador ligou para Villeneuve, a quem dizia fazê-lo lembrar de Tazio Nuvolari. O canadense abandonou seu acordo de disputar mais três corridas pela McLaren e ficou negociando com a equipe italiana, visando a temporada de 1978.
Niki Lauda, então primeiro piloto e brigado com toda a equipe, conquistou o título mundial com duas corridas de antecedência e mandou avisar que não sentaria mais em nenhum dos carros vermelhos. Era a oportunidade de Villeneuve, que estreou pela Ferrari ainda em 1977, no GP do Canadá. Ali nasceria uma parceria por toda a vida, literalmente.Etiquetas: Curiosidades, Do Baú, Ferrari, Gilles Villeneuve, McLaren |