Contrariando minhas previsões, os comissários do GP da Bélgica puniram Lewis Hamilton por ter cortado a chicane Bus Stop na tentativa de ultrapassagem sobre Kimi Raikkonen. Assim, o inglês perdeu 25s no resultado final, caindo do primeiro para o terceiro lugar. A vitória cai no colo de Felipe Massa, com Nick Heidfeld em segundo.
O caso é polêmico. Lewis cortou a chicane, é verdade. Mas reduziu, deixou Kimi Raikkonen voltar à frente e só então tentou nova ultrapassagem. Também é verdade que o inglês obteve certa vantagem, pois estava com bem mais tração na tomada para a La Source e, assim, consolidou a ultrapassagem sobre o finlandês.
Me parece que a decisão é um tanto subjetiva. Objetivamente falando, um piloto que corta uma chicane e ganha tempo com isso deve receber um drive-through ou, caso dois terços da corrida já tenham sido percorridos, um acréscimo de 25s no tempo final. Porém, costuma-se relevar quando o piloto devolve a posição numa situação de ultrapassagem. No caso de hoje em Spa, Lewis devolveu a posição. Porém, na visão dos comissários - e aí é que entra a subjetividade - mesmo com a devolução, o inglês ganhou tempo. Então, punição.
Eu não puniria, mas acho os argumentos dos comissários consistentes. Não misturaria aí ilações de favorecimentos à Ferrari ou de prejuízo deliberado à McLaren. Com o novo resultado da corrida, Felipe Massa fica a apenas dois pontos de Lewis Hamilton e tem grandes possibilidades de liderar o campeonato em Monza, domingo que vem.
Mas, convenhamos, uma vitória assim não tem graça nenhuma.Etiquetas: Análises, Ferrari, GP da Bélgica, Lewis Hamilton, McLaren |