Alex Caffi deixou a Fórmula 1 no final da temporada de 1991, ao encerramento de seu contrato com a Arrows. No entanto, chegou a fazer uma aparição-relâmpago na primeira corrida de 1992, na África do Sul, ao volante de uma Andrea Moda.
A equipe do italiano Andrea Sassetti é, até hoje, uma das maiores piadas da história da categoria. Não só pelo carro feio e lento, mas principalmente por passagens pitorescas ocorridas naquela temporada. Na Espanha, o carro de Perry McCarthy não conseguiu andar mais do que 15 metros em todo o final de semana. No Canadá, a equipe correu com motores emprestados pela Brabham. E na Bélgica a equipe acabou, depois que seu dono foi preso pela polícia.
O caso envolvendo Alex Caffi não é menos estranho. Ele e Enrico Bertaggia foram contratados como titulares da Andrea Moda para 1992, equipe que surgia da compra da Coloni. Por causa da troca de comando e de nome, a FIA entendia que a Andrea Moda se tratava de uma nova equipe. E, por isso, cobrava uma taxa de inscrição 100.000 dólares - uma quantia até modesta, se lembrarmos que a taxa hoje gira em torno de 30 milhões.
Mas Sassetti se negava a pagar, sustentando o argumento de que a equipe era uma continuação da Coloni. Na quinta-feira, houve um treino para reconhecimento do circuito de Kyalami - na época, havia um treino extra quando um novo circuito entrava no calendário -, e Caffi deu algumas voltas na pista. Mas a equipe continuou recusando-se a quitar a dívida e a FIA negou sua inscrição para o Grande Prêmio. Na sexta-feira, quando começaram os treinos oficiais, a Andrea Moda foi obrigada a sair do circuito.
A equipe também não participou do GP do México e, então, Caffi e Bertaggia pularam fora. A Andrea Moda só viria a participar de um GP pela primeira vez no Brasil, já com Roberto Moreno ao volante.Etiquetas: Alex Caffi, Andrea Moda, Curiosidades, Do Baú, F1, Fórmula 1 |