Estava eu aqui pensando, a respeito do iminente anúncio de Ross Brawn na Honda. Os japoneses têm um histórico vencedor na F1. Estão mordidos por terem retornado há quase 10 anos e não terem conquistado nada, bem diferente da revolução que provocaram na categoria nos anos 80. O ano de 2007 foi um fiasco de proporções gigantescas. O time está ferido, humilhado e quer voltar a vencer.
Me parece que a Honda resolveu partir para o tudo ou nada. E deverá ter os próximos dois ou três anos para isso. Assim, abriu a carteira e decidiu gastar. Está trazendo Ross Brawn da Ferrari, a peso de ouro. E Fernando Alonso, o melhor piloto do mercado, está disponível. Você percebe aonde quero chegar?
Ainda não me sinto confortável com a idéia do bicampeão assinar com a Red Bull. O time do seu Mateschitz é arejado demais para um piloto obsessivo como ele. Alonso quer ganhar, quer trabalhar duro, quer dar o troco na McLaren. Aceitaria ele passar um ano mais envolto em ações de marketing do que no trabalho em pista?
As negociações com a Renault, ao que parece, melaram. O espanhol já está livre há mais de uma semana e ainda não assinou com os franceses. As denúncias de espionagem e as sanções que podem ser aplicadas à equipe na reunião do Conselho Mundial, no mês que vem, esfriaram o acerto. Com Williams e Toyota fora da jogada, a impressão que tenho é de que as conversas com a Red Bull são uma cortina de fumaça para despistar e encobrir algum acerto maior. Pode ser a BMW, que confirmou Heidfeld e Kubica e parece acima de qualquer suspeita. E pode ser a Honda, que em nenhum momento foi cogitada como destino de Alonso. Característica perfeita para uma negociação bombástica. Como bem convém a um bicampeão do mundo desempregado.Etiquetas: especulações, Fernando Alonso, Honda, Ross Brawn |