- Vitória fácil de Felipe Massa na corrida mais chata do ano. Monótona, sem ultrapassagens, sem brigas, sem nada. O circuito de rua de Valência frustrou não só a torcida espanhola – que viu Alonso abandonar na primeira volta - mas a todos que esperavam uma corrida emocionante. Eu incluso.
- Foi quase que um “Sunday drive” do brasileiro, que dominou a corrida sem dificuldades fazendo pole, vitória e melhor volta. O único risco à sua conquista foi a trapalhada no segundo pit stop, quando saiu antes da hora e quase bateu em Adrian Sutil. Os comissários investigam o caso que, creio, não deve dar em nada. Porém, a pouca vibração do engenheiro Rob Smedley e de Michael Schumacher ao término da corrida apontam para uma evidente preocupação.
- Caso o erro tenha sido da equipe, liberando o “pirulito eletrônico” antes da hora, creio que nada deva ocorrer além de uma punição administrativa. Porém, se a câmera onboard flagrar Felipe arrancando antes da luz verde... o brasileiro pode até perder a vitória. Mais informações nas próximas horas.
- Lewis Hamilton não tinha condições de acompanhar o ritmo da Ferrari, o que ficou claro logo após o primeiro pit stop. De forma madura, contentou-se com o segundo posto. Manter-se na liderança com 6 pontos de vantagem não é nada ruim.
- Robert Kubica voltou ao pódio pela primeira vez desde sua vitória no Canadá. Mesmo acumulando resultados ruins nas últimas quatro corridas, está em quarto na tabela, a apenas dois pontos de Kimi Raikkonen.
- Falando em Kimi, mais um motor da Ferrari vai pelos ares em fim de corrida, o segundo em duas provas. Outrora tão confiável, a equipe italiana parece estar voltando aos anos 80: bagunça interna, quebras mecânicas e mancadas sucessivas.
- O GP da Europa sinaliza na direção de um campeonato polarizado entre Massa e Hamilton. Os dois dominaram a corrida, como já vem acontecendo há pelo menos três GPs. Raikkonen, não bastasse ter ficado “desligado” durante toda a prova, ainda foi vítima de um erro de pit stop e de uma quebra de motor. Salvo uma grande exceção, daqui até o GP do Brasil a briga é entre os pilotos de casco amarelo.
- Sebastian Vettel, apesar de ter aparecido pouco, foi um dos destaques da corrida. Sexto com a Toro Rosso, esteve sempre na zona de pontuação e conquistou três pontos importantes. Com mais três, seu time alcança a Honda.
- David Coulthard, próximo da aposentadoria, é o bufão da temporada. Bate, roda e dá demonstrações de que já deveria ter parado antes. Graças a ele, aliás, Rubens Barrichello não chegou em último. Foi o piloto mais lento da pista, fez uma prova horrorosa, mas contou com as besteiras do escocês para terminar em penúltimo, 16º.
- Nelsinho Piquet ficou o tempo todo no meio do bolo, ganhou duas posições nos pit stops e chegou em 11º. Sua asa “boca de bagre” quebrou e, mesmo assim, manteve-se bravo na pista.
- Glock e Trulli marcaram pontos novamente para a Toyota, confirmando a equipe na quarta posição entre os construtores. Consistentes, os carros japoneses são uma agradável surpresa no campeonato. Mesmo assim, é pouco para o volume de dinheiro gasto.
- Entre os pilotos: Hamilton 70, Massa 64, Raikkonen 57, Kubica 55. Entre os construtores, com a quebra de Kimi, a McLaren encosta na Ferrari. 121 a 113.
- Próximo GP é na Bélgica, em Spa-Francorchamps. Raikkonen geralmente se dá bem no circuito e o traçado deve favorecer a Ferrari. Teremos, aí sim, uma boa corrida.
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