O GP do Japão de 2007 pode ficar marcado na história como um divisor de águas na Fórmula 1. A geração de pilotos que está chegando é acima da média e a corrida de ontem tornou isso muito claro. Ou será mero acaso que os principais destaques da prova em Fuji foram pilotos estreantes?
Lewis Hamilton, disputando apenas seu 15º GP, venceu de forma brilhante e praticamente garantiu o inédito título de campeão na temporada de estréia. O segundo, Heikki Kovalainen, também faz seu primeiro campeonato na categoria. A dobradinha, aliás, é inédita. Foi a primeira vez na história que um GP terminou com dois novatos em primeiro e segundo lugar. Adrian Sutil, a bordo de uma Spyker, o pior carro do grid, fez uma pilotagem impressionante e foi recompensado com um oitavo posto, marcando o primeiro ponto de sua carreira e da equipe laranja.
E Sebastian Vettel foi outro caso à parte. Em apenas seu sexto GP de Fórmula 1, a bordo do segundo pior carro do grid, andou boa parte da corrida em terceiro, chegando até a liderar por três voltas. Bateu em Mark Webber durante uma freada inesperada sob Safety Car e tirou os dois da corrida. Fez a besteira do dia, mas perfeitamente compreensível pela pouca idade e experiência.
Diz-se que na chuva os carros ficam mais parecidos e o talento individual se sobressai. Diz-se, também, que nessas condições nota-se com mais facilidade quem é quem, pelos riscos assumidos, pela dificuldade de condução e pela imprevisibilidade da pista, que muda o tempo todo. Se ontem foi o dia de separar o joio do trigo, tivemos um bom panorama dos talentos que farão a F1 dos próximos anos. E o cenário futuro é muito bom.Etiquetas: Adrian Sutil, Análises, GP do Japão, Heikki Kovalainen, Lewis Hamilton, Sebastian Vettel |