A revista inglesa F1 Racing, em sua edição de agosto, preparou uma matéria genial. A idéia, baseada naquelas brincadeiras de escola primária, era a seguinte: foram entregues folhas em branco para todos os 22 pilotos da Fórmula 1 e foi pedido a eles que desenhassem seus respectivos companheiros de equipe.
O resultado foi sensacional, muitas vezes surpreendente, e está reproduzido abaixo.
McLaren
Os dois capricharam no traço, com desenhos facilmente reconhecíveis. Hamilton foi mais detalhista, enquanto Alonso usou um traço mais limpo. Detalhe para a alfinetada do espanhol: escreveu na gola do macacão de Lewis um "Boy McLaren". Para bom entendedor...
Renault
Kovalainen focou nos acessórios (boné e óculos) para caracterizar Fisichella. O italiano, por sua vez, foi bem econômico no traço. Mas ficou até bem parecido. Tivesse ele se insipirado no Beavis, chegaria mais perto.
Ferrari
Massa e Raikkonen foram bastante simpáticos um com o outro. Deixaram de lado tentativas de caracterização física e partiram para as personalidades. Kimi desenhou Massa "fazendo o gol de sua vida", alegando que os brasileiros são loucos por futebol. Felipe foi na mesma linha, transformando o Iceman num astro do hóquei.
Honda
Nem na hora da brincadeira Barrichello deixa de alfinetar a Honda. Ele traçou seu companheiro Button num barco à deriva, lamentando-se: "Como eu vou ser campeão com isso?" (mais alguém sentiu uma certa projeção aí?). Jenson aproveitou para ser irônico, fazendo Rubens dizer: "Eu realmente sinto falta do meu parceiro Michael..."
BMW
Kubica rabiscou um Heidfeld que em nada se parece com o verdadeiro, dando destaque para a barba. O alemão foi minimalista, mas acertou em cheio: fez um narigão, um topete e ainda assinalou: "Nariz", "'Algum' cabelo".
Toyota
Saia justa na Toyota. Enquanto Trulli, com preguiça, fez apenas um boneco de pauzinho (e ainda errou na grafia), Ralf fez um Jarno totalmente feminino. Estranho...
Red Bull
Webber caprichou na cara quadrada de Coulthard. O escocês fez do australiano um canguru, que anuncia: "Dia 'G', colega!". Confesso que não entendi a expressão, suspeito de uma brincadeira com sotaque.
Williams
Freud deve explicar a relação na Williams. Wurz desenhou um Nico Rosberg com traços bem femininos, como Ralf fez com Trulli. E Nico apelou retratando o austríaco com o torso nu, incluindo detalhados pêlos no peito. Ficou parecendo o Ney Matogrosso. Mais um detalhe: um fálico nariz comprido. Sei não...
Toro Rosso
Speed fez um desenho bem parecido de Liuzzi e ainda brincou com o pomo-de-adão do parceiro, apontando com uma seta: "Não sei o que eu estava tentando tirar lá". Já o italiano conseguiu fazer um Speed com a cara do Jean Wyllys.
Spyker
Albers retratou o companheiro novato como um mascote, que diz (em tradução livre): "Você ainda lembra do Bernd? O jogo também não será fácil...". Albers fazia menção a Bernd Schneider, seu ex-companheiro de equipe no DTM, também alemão, que complicou bastante sua vida. O desenho soou como profético, Sutil foi uma pedra no sapato do holandês, até sua demissão. Detalhe para os sapatos de tamanho 48.
Super Aguri
Davidson fez um bom desenho de Takuma Sato, mas foi o japonês quem detonou a concorrência nesta brincadeira. Bom de traço, aproveitou-se do apelido de Anthony ("Ant") e da reconhecida baixa estatura do colega para chamá-lo de "Pequena formiga". E ainda com a riqueza de detalhes de pôr o motivo do capacete do inglês no traseiro da formiguinha.
Este é o espaço no qual Ivan Capelli fala sobre automobilismo e alguns pormenores do cotidiano, com seu ponto-de-vista bastante particular. Além disso, toda terça-feira, uma charge sobre automobilismo.
Jornalista, 30 anos, um chato que dá pitaco em quase tudo sobre automobilismo. Além de manter este blog, Capelli colabora com o site Grande Prêmio, escreve uma coluna mensal no GP Total e co-produz e co-apresenta o podcast Rádio GP.