Passadas dez etapas do Mundial 2007, Rubens Barrichello vive a pior de suas 15 temporadas na Fórmula 1. Seu desempenho mais fraco até hoje havia sido em 1993, campeonato de estréia, quando a bordo de uma esquálida Jordan-Hart obteve como melhor resultado um sétimo lugar nas dez primeiras corridas do ano. Atualmente, sua melhor classificação com a Honda foi uma nona posição no GP da Inglaterra.
Neste mesmo ano de estréia, Barrichello havia cruzado a linha de chegada sete vezes em segundo lugar durante o GP da Europa, sua melhor posição durante uma corrida. Em 2007, o máximo que conseguiu foi cruzar a meta em terceiro lugar durante nove passagens, durante o caótico GP do Canadá. Em posições de largada, o brasileiro havia cravado um oitavo lugar no grid do GP da França em 1993. Este ano, a melhor posição foi um nono em Mônaco.
Se alguma estatística ainda não é totalmente negativa para Rubens nesta temporada, é a de posição mais freqüente durante as corridas. O 11º lugar foi o posto mais comum do piloto em 2007, durante 111 voltas. Em 1993 e 1998, havia sido a 13ª posição.
A notícia da renovação de seu contrato com a Honda, confirmada no último final de semana em Nürburgring, soa como um certo alívio. Seria injustiça o brasileiro encerrar sua carreira de forma tão melancólica. Se Barrichello nunca foi grande como tenta parecer em suas declarações, também não é tão ruim como seus números em 2007 possam sugerir. Fica a torcida para que a Honda permita ao piloto uma despedida digna no final de 2008.
Este é o espaço no qual Ivan Capelli fala sobre automobilismo e alguns pormenores do cotidiano, com seu ponto-de-vista bastante particular. Além disso, toda terça-feira, uma charge sobre automobilismo.
Jornalista, 30 anos, um chato que dá pitaco em quase tudo sobre automobilismo. Além de manter este blog, Capelli colabora com o site Grande Prêmio, escreve uma coluna mensal no GP Total e co-produz e co-apresenta o podcast Rádio GP.