- Vitória de Heikki Kovalainen na Hungria – quem diria! –, beneficiado pela sorte. O que, inegavelmente, faz parte do esporte. Os méritos pela vitória são dele, mas é preciso sublinhar que a primeira vitória do finlandês foi absolutamente circunstancial.
- Numa corrida que se projetava totalmente desfavorável à Ferrari, Felipe Massa foi o grande nome do dia. Saiu em terceiro, pulou para a ponta numa manobra ousada na primeira curva e não deu qualquer chance às McLaren. Dominou Lewis Hamilton e Kovalainen com autoridade e encaminhava uma vitória edificante. Até que o motor estourou, a três voltas do fim.
- Felipe foi perfeito, mas nem sempre a sorte ajuda. E isso serve para todos. Hamilton teve hoje um pneu furado, Kimi Raikkonen teve um escapamento quebrado na França. É um elemento presente em corridas de automóvel, que nem sempre são justas. Hoje, em particular, lembrei de Damon Hill, de Arrows, nesta mesma Hungaroring, há 11 anos.
- No lucro, além de Kovalainen – é claro -, saíram Hamilton e Raikkonen.
- O inglês porque era favorito, foi dominado por Massa, teve um pneu furado e, mesmo assim, chegou em quinto e sai de Hungaroring liderando o campeonato com uma vantagem maior do que a que tinha quando chegou.
- Raikkonen porque teve uma corrida difícil, ficou boa parte dela preso atrás de Fernando Alonso, não parecia poder ir além do quarto lugar e ficaria a oito pontos de Massa no campeonato. Terminou no pódio, em segundo no campeonato e três pontos à frente do companheiro.
- Felipe, contudo, sai de Hungaroring fortalecido. Seria uma vitória decisiva, não ocorreu, mas a forma como ele vinha batendo a McLaren “em casa” e a dominação absoluta que estabeleceu sobre Raikkonen falam a seu favor. Ainda restam sete corridas e a má sorte também pode atingir os adversários.
- Timo Glock foi outro grande destaque da corrida. Foi, o tempo todo, o melhor do segundo pelotão, atrás de Felipe e das duas McLaren. Contou com as quebras e incidentes dos líderes para chegar na segunda posição, mas o resultado foi merecido. Glock não vinha bem no campeonato, facilmente batido por Trulli e a prova da Hungria pode representar uma virada em sua carreira.
- Ótimo final de semana para a Renault, com Alonso repetindo sua melhor posição no ano – quarto – e Nelsinho Piquet chegando em sexto. Oito pontos importantes que consolidam a equipe na quinta posição entre os construtores.
- BMW, completamente perdida na Hungria, começa a ficar para trás. Apenas oitavo lugar para Robert Kubica e décimo para Nick Heidfeld. Muito pouco para quem, há menos de dois meses, brigava pela liderança.
- Rubens Barrichello fazia boa corrida, ganhou várias posições na largada e chegou a andar em 13º, mas teve problemas no reabastecimento e despencou para 16º.
- Problemas no reabastecimento, por sinal, foram a tônica da corrida. O que não faltou foram labaredas saindo de bocais de combustível. Bourdais, Barrichello e Nakajima foram algumas das vítimas. Coincidência demais... provavelmente, algum problema técnico nos equipamentos.
- No campeonato, Hamilton amplia vantagem: 62 pontos, contra 57 de Kimi e 54 de Massa. Como a temporada é atípica, nada está definido.
- Nos construtores, a McLaren finalmente ultrapassa a BMW. Classificação: Ferrari 111, McLaren 100, BMW 90.
- Próxima corrida, em três semanas, nas ruas de Valência. Circuito novo, ninguém sabe o que pode acontecer. Campeonato emocionante.
Etiquetas: Análises, GP da Hungria |