- Kimi Raikkonen, quem diria, venceu! E isso dá ao campeonato todo um novo horizonte. Se até ontem a Ferrari não podia reclamar da briga interna que anda complicando a vida da McLaren, hoje se viu na mesma situação. Louvável, contudo, a posição da equipe de não interferir na briga pela vitória.
- Massa não fez má corrida, mas também não andou tão à frente de Kimi como esperava. Será que a culpa pela perda da liderança foi mesmo do tráfego ou houve algum tipo de relaxamento? Se houve, a vitória do finlandês chega em boa hora. Uma disputa interna mais acirrada faz crescer o piloto destinado a vencer. Se Felipe realmente se encaixa no perfil, vai saber tirar de letra o episódio, ficando ainda maior na briga pelo título.
- O brasileiro foi ainda bastante feliz em não forçar o carro no final à caça de Raikkonen, correndo o risco de perder os oito pontos do segundo lugar. Num campeonato equilibrado, no qual cada piloto aparece com duas vitórias, a regularidade é que vai fazer a diferença no final.
- A classificação do campeonato segue rigorosamente o número de pódios conquistados. Hamilton, o líder, tem oito. Alonso, segundo, tem cinco. Massa, terceiro, também tem cinco. E Raikkonen, quarto, tem quatro.
- E os desaires de Alonso na França deixaram Lewis ainda mais líder do campeonato. O inglês abriu 14 pontos de vantagem na tabela de classificação. O espanhol deve estar soltando fogo pelas ventas.
- A estratégia da McLaren, tanto para Alonso quanto para Lewis, parece ter sido bolada pelo palhaço Bozo. O bicampeão pilotou como um leão a corrida inteira, fez diversas ultrapassagens, para no final ganhar apenas uma posição de fato, pois Kovalainen e Trulli, que largavam à sua frente, bateram na primeira volta. Saindo da última 16ª posição em Mônaco, onde ultrapassagens são praticamente impossíveis, Raikkonen saiu-se muito melhor, ganhando 14 oito lugares.
- Para os críticos de plantão, a resposta na pista: Hamilton fez sua primeira ultrapassagem na Fórmula 1. Quase tocou rodas com Kubica e depois consumou a passagem na curva Adelaide.
- É impressionante a sina Barrichelliana. O brasileiro fez um belo trabalho na equipe Stewart em 1999. Mas na hora do melhor da festa, quem apareceu na frente? Johnny Herbert, que conquistou a primeira vitória para o time. No ano passado, Rubens foi importante para o crescimento da Honda no final da temporada, mas quem comemorou a primeira vitória? Jenson Button. Nesta temporada caótica que vive o time japonês, Barrichello assume as rédeas, comanda o desenvolvimento, o carro melhora (ainda que levemente), a equipe praticamente garante a renovação de seu contrato. Mas hoje, na França, quem marca o primeiro ponto do time no campeonato? Jenson Button. O brasileiro faz por merecer muitas das críticas que recebe, mas acontecem situações, como esta de hoje, que soam inexplicáveis. É uma sina.
- Christijan Albers leva o prêmio de bobo do dia, transformando sua Spyker num carro alegórico, desfilando com a mangueira de reabastecimento pela pista. É meio forte o que vou dizer, mas não resisto. É uma besta.
- Agourei Ralf Schumacher, mas quem fez besteira na largada foi outra Toyota: a de Trulli. O alemão, quase demitido, até que não comprometeu na França.
- Excelente retorno de Robert Kubica, mostrando que não sentiu o acidente do Canadá. Quarto na classificação e quarto na corrida. Seu companheiro Heidfeld, com dores nas costas, ainda foi quinto. Mas não foi páreo para o polonês.
- Ferrari de volta! GP da Inglaterra promete. |